Deixa
que todos os acordes da alegria misturem-se no meu último canto – o júbilo que
faz a terra transbordar no excesso violento da relva; o júbilo que dispõe a vida e a morte – irmãs gêmeas – dançando juntas
pelo mundo imenso; o júbilo que arrebata como a tempestade, sacudindo e
despertando a vida numa gargalhada; o júbilo que repousa silencioso como as
suas lágrimas dentro do lótus entreaberto
e vermelho da dor; o júbilo que atira ao pó tudo quanto possui e que não se
traduz em palavras.
Rabindranath Tagore,
em Gitanjali (3ª Edição). Poema 58. Coordenada – Editora de Brasília. Tradução
de Gasparino Damata.
Obs: Conheça
melhor esse magnífico poeta indiano clicando AQUI.
Nenhum comentário:
Postar um comentário