Há
poucos dias recebi do poeta e ficcionista João Filho, um convite para o
lançamento de uma antologia de contos, organizada por Nelson de Oliveira, cujo
singelo título é Geração Zero Zero, uma clara alusão aos escritores surgidos na
primeira década deste século, cuja produção literária foi reconhecida em
primeiro lugar por sua vitalidade, expressa na multiplicação de blogs,
revistas, antologias e livros de estreia que lançaram uma multidão de novos
escritores aos olhos de leitores e críticos às vezes aturdidos, ou ao menos
desorientados.
De
um período de acelerada atividade, como foram os anos 2000 para a literatura
brasileira, como recolher em meio à balbúrdia textual aquilo que ela trouxe de
mais valioso? É essa pergunta incômoda que o crítico e escritor Nelson de
Oliveira encara em Geração Zero Zero: Fricções em rede (Língua Geral, 408 pp.,
R$ 45), livro que se anuncia já na contracapa como uma reunião dos “melhores
ficcionistas brasileiros surgidos no início do século XXI”. Será? Embora reconheça a qualidade do texto de alguns contistas selecionados, particularmente,
tenho a tendência a ignorar e desacreditar dessas pretensões superlativas que julgo tão
megalomaníacas como chauvinistas.
2 comentários:
claro que é pretensão superlativa e megalomaníaca, você não está lá.
Como poderia querer estar lá se sequer tenho livro de contos publicado? É preciso ler com mais atenção, caro produtor de arroubos imberbes.
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