quinta-feira, 23 de junho de 2011

Meus poemas nascem sangrando


                                Sentir, sinta quem lê
                         Fernando Pessoa


          Como pode descer dos céus um poema assim mesmo feito um raio? Seria presente dos deuses ou condenação sumária? Viver permanentemente atado aos desejos de outrem...
          Não, senhores, o poema não é um dom divino. Antes ele é uma conquista, fruto da imaginação e da destreza do poeta. O poema também não é o sentir, antes ele é o sentido. Mas quem quiser que sinta! Eu transpiro enquanto escrevo.
          Meus poemas nascem sangrando.

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