Também de férias, o poeta Lourival Pereira Júnior, ou apenas Piligra, como é chamado pelos amigos, igualmente a nós, resolveu escrever um antipoema ao poema “Clara Sombra”, de Ildásio Tavares (ver um pouco mais abaixo). Piligra é professor de filosofia da Uesc e excelente cultor do Alexandrino trímetro. Como eu disse, poeta quando não faz nada, faz poesia.
Negra sombra
Para Ildásio Tavares
e Gustavo Felicíssimo
Num silêncio sem cor passeava
Numa busca solene e sagrada,
Minha sombra feroz se afogava
Na lembrança da minha amada!
Sobre mim um tufão se formava
Numa luta entre o tudo e o nada,
Minha sombra feroz se afogava
Na lembrança não mais recordada!
O caminho não importa, o caminho,
Pra quem ama, só o amor é estrada,
Do que sou só restou seu carinho
- A lembrança vivida e passada!
Minha sombra feroz se afogava
Feito pedra no rio, mergulhada!
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
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