quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

40 ANOS DE LED ZEPPELIN

Lembro-me de que em certa feita, creio que há uns dez anos atrás, em uma das minhas idas à Lençóis, região da Chapada Diamantina, vi Robert Plant em um bar que, se não me engano, tinha como alcunha Veneno. O guitarrista que sempre me enlouqueceu com suas performances estava ali, bem à minha frente, tomando uma coca, ou quem sabe uma Cuba-libre, não sei. Olhei pro cara, balancei a cabeça em um gesto de cumprimento, no que fui retribuído. Já havia ganho o passeio. Mais tarde fiquei sabendo que ele morava em Lençóis com sua esposa, uma argentina, habitue do local. A população da cidade o protegia, pois sabendo que se houvesse muita exploração da sua imagem no local o cara poderia “saltar de banda”. E me parece que foi o que aconteceu.
Daí que agora em Janeiro, o Led Zeppelin comemora os 40 anos do seu primeiro disco, homônimo ao nome da banda. “Led Zeppelin” foi gravado em Outubro de 1968, pouco tempo depois de Jimmy Page ter recrutado John Paul Jones, Robert Plant e John Bonham para tocar com ele sob o epíteto The New Yardbirds e cumprir obrigações contratuais do seu anterior projeto The Yardbirds (por onde passaram nomes como Jeff Beck e Eric Clapton). Depois de uma parada na Escandinávia, o quarteto regressou a Londres e Page mudou o nome da banda para Led Zeppelin, no momento em que entraram em estúdio para gravar o disco. O título evoca a expressão usada para caracterizar a pretensão de Page de formar um super-grupo com membros dos Who, lead zeppelin, ou seja, um balão cheio de chumbo cujo destino era despenhar-se (ver capa do disco).
O registro de estréia destes quatro virtuosos, com formação entre o jazz e o blues, recebeu críticas negativas quando do seu lançamento, mas foi um sucesso comercial. É hoje considerado um dos maiores discos de todos os tempos e um dos percussores do que mais tarde viriam a chamar de heavy metal. Pelas suas nove faixas passam clássicos como 'Good Times Bad Times', 'Dazed and Confused' e 'Communication Breakdown', pontos incontornáveis da carreira dos Led Zeppelin, terminada de forma trágica em 1980 (quando eu ainda era um menino), depois da morte de John Bonham. Ainda hoje a Led Zeppelin é um dos mais desejados regressos à ativa de uma banda de rock and roll.

Um comentário:

Jorge Elias disse...

Não tive oportunidade de conhecer Robert Plant, mas lembro o primeiro dia que me deparei com esse álbum maravilhoso.
Estava em Juiz de Fora visitando meu irmão mais velho, fui olhar seus discos e encontrei um disco com um Zeppelin na capa, eu era um pixote e fiquei com curiosidade de ouvir aqueles caras cabeludos.
Foi marcante e virei um adepto do rock à partir daquele dia.