segunda-feira, 29 de junho de 2009

O Sol (Bernardo Linhares)

Ao Poeta Ruy Espinheira Filho

Depois da noite em chamas,
cantando nas espumas,
o mar ainda é rubro,
ouriçado de escamas.

Feito uma concha, rosa
secreta sob as ondas,
a lua fecha os olhos
e oculta a própria sombra.

No céu surge outra chama,
na chama vários tons,
nos tons todas as gamas.

O sol, concha amarela,
transforma a aurora escura
num céu de madrepérola.

Nenhum comentário: