Estava
relendo esse poema que escrevi em meio ao caos, num momento de grande fúria,
angústia e solidão. Ouvia Roadhouse Blues, canção da minha banda preferida, The
Doors. O poema, em princípio, dialoga com o momento que estava passando, mas
logo percebi que era o mesmo diálogo que Jim Morrison sempre manteve consigo
mesmo. Por esse motivo o título do poema e o prenome do ídolo no primeiro
verso.
Solilóquio a Jim Morrison
Entre um drink e outro,
Jim,
revisito os meus demônios.
Verdadeiros e constantes,
me ampararam às portas
do inferno.
Com eles me vi, muitas
vezes,
marchando sob o sol do
Saara.
Nenhum herói na linha
de frente
ou escudos a me
proteger.
Anjos decaídos apenas,
estendiam as mãos sobre
o fim.
Eram quais os meus
medos,
se não fossem os meus
medos.
Eram quais os meus
tormentos,
se não fossem os meus
tormentos.
Estava acompanhado e
só,
imerso em minha própria
loucura.
Assista
ao vídeo de Roadhouse Blues:
3 comentários:
"Let it roll, baby, roll".
Nesse deserto do Saara, houve um pastor que criou entre os beduínos um filho que gostava de Doors. Imagina o nome do filhinho? Vem da tradição Tuareg, mas é beduíno.
Pedro
Maravilhoso o video de James Douglas Morrison. Parabéns pelo primoroso blog. Sucesso Sempre.
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