sexta-feira, 23 de julho de 2010

Auto-retrato - Gustavo Felicíssimo

O meu retrato em preto e branco
deixei grafado nessas páginas,
deixei toda a minha loucura,
deixei também algumas lágrimas;

deixei o chapéu companheiro,
deixei meu mundo por inteiro;

deixei aqui tudo o que sou,
deixei um resto de alegria,
deixei o que de mim sobrou:

deixei as pedras nessa estrada,
deixei minha vida e mais nada.

7 comentários:

jorginho da hora disse...

Muito revelador. Eu também arrisco umas poesias sobre a vida de vez em quando.

Um abraço!

Hilton disse...

Seu belo poema no Poesia Diversa. Abraço!

Rafael Noris disse...

E como leitor fiel, peço que deixe muito mais.

Abraço!

Gerana Damulakis disse...

Um poema tocante, íntimo.

Affonso D'aqua disse...

Gustavo, a mim parece que se trata de um modo pessoal de enacrar a poesia em si. Ou seja: ou se faz literatura com o próprio sangue ou,como diz Boileau, vai ser pedreiro que, afinal, nada há de mal nisso.

Andreia Hernandes disse...

Belíssimo texto.
Entre loucuras e lágrimas, tem nos presenteado com palavas muito tocantes.


Abç.

Andreia Hernandes disse...

Belíssimo texto.
Entre loucuras e lágrimas, tem nos presenteado com palavas muito tocantes.


Abç.