Adonis,
aos 80 anos, apontam os especialistas, talvez seja hoje a mais importante
figura poética do mundo árabe. Seu nome próprio é Ali Ahmad Said Esber, e seu
pseudônimo refere-se ao deus de origem fenícia, símbolo da renovação cíclica. Sua
poesia defendeu, com muito êxito, a renovação da poesia árabe.
É
autor de vasta obra poética e ensaística, traduzida para diversos idiomas,
embora no Brasil esteja publicado apenas em revistas de literatura e arte. Também
é tradutor, tendo vertido para o árabe obras de autores importantes da
literatura ocidental, como a de Ovídio, Saint-John Perse e Yves Bonnefoy.
Atualmente mora em Paris e nos últimos anos seu nome tem sido fortemente
esperado para o Nobel de Literatura.
A entrevista foi feita pelo jornalista
Guilherme Freitas e publicada n’O Globo de 19 de março. Nela, Adonis explica
sua leitura da tradição poética árabe, certa linhagem de pensadores
iconoclastas e antirreligiosos e aponta a promiscuidade entre política e
religião nas sociedades árabes contemporâneas. Crítico radical do monoteísmo, ele
fala também sobre os impasses no diálogo entre Ocidente e Oriente. LEIA AQUI.
Um comentário:
Muito bom. Como neto de vó espanhola tenho afinidade com o mundo árabe. Tenho mais familiaridade com a música, cerâmica, contos e arquitetura moçárabe, mourisca. Da poesia preciso me aproximar mais. Muito lúcido o véim, gostei de conhecer.
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