terça-feira, 28 de julho de 2009

Outro soneto azul - Bernardo Linhares

Alegria

Para Luzia e J. Veloso

Tecendo e penetrando a nova aurora
a lua nova ainda devaneia.
Além da vela, vibra a flor da flora.
O azul cavalga o dorso da sereia.

Nascendo rosa em toda a passiflora,
fulge o amarelo num bailado belo.
O verde inflama crispações de aromas.
O azul cavalga o dorso da sereia.

E com a alegria que fascina o vinho
a brisa afaga tudo em canto fino.
E quando a cor do mar der cambalhotas,

mostrando sobre as águas seu sorriso,
a vida segue a trilha da beleza,
no mais azul de todos os delírios.

2 comentários:

Rafael Noris disse...

Além da beleza da imagem transmitida por este soneto, que melodia agradável ele possui, dá até vontade de ler em voz alta ;) abraço!

Gustavo Felicíssimo disse...

Mas é isso mesmo Rafael. Um dos truques que usamos para verificar a melodia do poema é lê-lo em voz alta a fim de observarmos se não há problemas no seu andamento.