sexta-feira, 19 de novembro de 2010

ATÉ SEMPRE, OLIVENÇA!


Cercado de água e silêncio
caminho na direção de Olivença
como se fosse ainda criança.

O céu, um afresco de Rafael,
não mostra onde começa ou finda o azul:
se no mar ou no firmamento.

Resvalo no vento e no sal,
na sombra de um pássaro passando,
na coloração do coqueiral.

Junto às ondas e seminuas,
sereias se fazem de estrelas,
dançam na finura das areias.

Reluto ao ter que partir
embora meus olhos alumbrados digam:
ATÉ SEMPRE, OLIVENÇA!

*esse poema faz parte do inédito Cantata para Ilhéus, uma obra que almejo ver publicada brevemente.

4 comentários:

ANTONIO LINS disse...

Poeta: Belo poema,lindas palavras.
Olivença olha o mar com seus versos...

Abraços,
ANTONIO LINS

André Oliveira disse...

belos versos!
por eles andei em olivença :)

e vc falando em rafael e eu escrevendo para quadros de Hopper:

ocoporfora.blogspot.com

ADELINDO KFOURY disse...

Parabéns, amigo. Gosto muito de seus trabalhos. Continue sempre. Um abraço ADELINDO KFOURY

Anônimo disse...

Boa Gustavo. Sereias se fazem de estrelas. Eu, primaveril, fiz/roubei uma versao Bocagiana (Gregório de Matos é mais adequado) do teu poema. Mostrarto-ei na próxima oportunidade. Acho que vamos rir juntos..
Abraço,
Pedro Montalvao.