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Mahâbhârata,
épico da literatura indiana, originalmente escrito em sânscrito, é uma obra
imensa, que foi condensada pelo poeta Edson Cruz, como mais um título da Coleção Clássicos
do Mundo, da Editora Paulinas. Livro reverenciado pelos indianos, nele estão os
fundamentos filosóficos do hinduísmo. Texto precioso que trata de sentimentos e
verdades universais e aponta, por meio de suas metáforas, o caminho para se
viver uma vida iluminada.
Na
versão de Cruz, Ganesha, o senhor dos obstáculos, é quem toma a pena e ‘molha
as palavras’ para narrar o conflito entre Pândavas e Káuravas, cerne do enredo
de Mahâbhârata (que significa a grande história dos Bhârata), em que duas
famílias, se enfrentam em uma guerra cruel pela disputa do reino da Índia. O
momento culminante da narrativa acontece quando o príncipe Arjuna, em um
momento de hesitação e de tocante reflexão, confidencia ao avatar Krishna o
desejo de abandonar o campo de batalha para evitar mortes de amigos e
familiares. Krishna, que há muito tempo previra a queda dos Káuravas, convence
Arjuna de que aquela guerra fazia parte do ‘destino’ do reino e não poderia ser
evitada: “Não se pode escapar de praticar um ato que deva ser praticado e essa
ação, com certeza, deixará sua marca latente.”
Intrigas,
enganos, política, romances tudo se condensa em Mahâbhârata: os grandes
descendentes de Bhârata, um livro em que reis, deuses, homens de boa e de má fé
se encontram no palco da guerra que não apenas reivindica o poder, mas da
guerra que lança luz à consciência daqueles que ainda se encontram na sombra.
Anasor,
estudiosa e admiradora do livro sagrado indiano, por meio de suas ricas imagens
rompendo em cores, apresenta uma leitura lúdica da narrativa, onde o palco da
guerra é o picadeiro do circo, uma maneira sábia de observar as peripécias e
aprendizados da vida.
Informações do
autor e da ilustradora:
Edson
Cruz, nascido em Ilhéus (BA), é poeta, editor e revisor. Desgraduou-se em
muitas coisas e, atualmente, faz o curso de Letras na USP. Foi fundador e
editor do site de literatura Cronópios e da revista literária Mnemozine.
Lançou, em 2007, Sortilégio (poesias) e, como organizador, O que é poesia?.
Participou de inúmeras antologias (entre elas Diálogos - Panorama da Nova Poesia Grapiúna) e escreve com frequência no blog http://sambaquis.blogspot.com
Anasor
ed Searom é o pseudônimo de Rosana de Moraes, artista plástica paulistana,
autodidata, que teve sua formação em museus e ateliês, em São Paulo. Suas obras
estão presentes em coleções públicas e particulares de diversos países; suas
pinturas ilustraram publicações de arte e poesia.
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