quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O centenário de Rachel de Queiroz


Ontem, 17 de novembro, Rachel de Queiroz faria 100 anos e uma série de lançamentos começa a agitar o mercado editorial, com destaque para Mandacaru (Instituto Moreira Salles, 160 pág., R$ 36), uma coletânea de poemas manuscritos que permanecia inédita até ser descoberta no Fundo Rachel de Queiroz do Instituto Moreira Salles. O livro, organizado por Elvira Bezerra, revela a inquietação da escritora muito jovem – ainda com 17 anos – na busca por seu estilo natural, que encontraria com o romance O Quinze, de 1930. Em Mandacaru, Rachel de Queiroz tratou de temas e de personagens que desenvolveria não só nos romances posteriores, como também nas crônicas e no teatro. Todos os dez poemas reunidos são acompanhados de fac-símiles dos manuscritos. Datados de 1928, revelam o entusiasmo com que a autora procurou se integrar ao movimento modernista.

Não obstante, vale lembrar que Rachel de Queiroz foi a primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras, tendo sido agraciada com o título de imortal em 1977. Mais tarde, em 1993, foi homenageada com o Camões, se tornando, também, a primeira mulher a receber este que é o mais importante prêmio para escritores de língua portuguesa. Dona de uma extensa obra, seus livros adultos são cuidados pela José Olympio, que se ocupa agora de reeditá-los. Os infantis estão na Saraiva, que através do selo Caramelo está promovendo atividades para crianças em diversos estados.

Biografia, poemas e entrevistas concedidas:

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