Ontem,
17 de novembro, Rachel de Queiroz faria 100 anos e uma série de lançamentos
começa a agitar o mercado editorial, com destaque para Mandacaru (Instituto
Moreira Salles, 160 pág., R$ 36), uma coletânea de poemas manuscritos que
permanecia inédita até ser descoberta no Fundo Rachel de Queiroz do Instituto
Moreira Salles. O livro, organizado por Elvira Bezerra, revela a inquietação da
escritora muito jovem – ainda com 17 anos – na busca por seu estilo natural,
que encontraria com o romance O Quinze, de 1930. Em Mandacaru, Rachel de
Queiroz tratou de temas e de personagens que desenvolveria não só nos romances
posteriores, como também nas crônicas e no teatro. Todos os dez poemas reunidos
são acompanhados de fac-símiles dos manuscritos. Datados de 1928, revelam o
entusiasmo com que a autora procurou se integrar ao movimento modernista.
Não
obstante, vale lembrar que Rachel de Queiroz foi a primeira mulher a entrar
para a Academia Brasileira de Letras, tendo sido agraciada com o título de
imortal em 1977. Mais tarde, em 1993, foi homenageada com o Camões, se
tornando, também, a primeira mulher a receber este que é o mais importante
prêmio para escritores de língua portuguesa. Dona de uma extensa obra, seus
livros adultos são cuidados pela José Olympio, que se ocupa agora de
reeditá-los. Os infantis estão na Saraiva, que através do selo Caramelo está promovendo
atividades para crianças em diversos estados.
Biografia,
poemas e entrevistas concedidas:
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