Ser pirateado talvez seja
o maior desejo da imensa maioria dos escritores, quase todos ávidos por
popularidade. No Brasil, os casos mais clássicos são os serviços de fotocópias
nas universidades. Entretanto, no Peru e na Argentina a coisa está indo um
pouco mais longe.
Segundo o Valor Econômico do
último dia 09, a polícia peruana apreendeu em um único fim de semana cerca de
1,3 mil cópias piratas do último livro de Mario Vargas Llosa, O sonho do celta.
As cópias dos livros, que originalmente são editados pela Alfaguara,
eram vendidos nas ruas de Lima por cerca de US$ 8. A apreensão causou surpresa
entre as autoridades, já que não é comum encontrar versões pirateadas de obras
literárias.
Já na Argentina, segundo a
BBC Brasil, a pirataria literária está cada vez mais sofisticada e preocupa a
indústria de livros do país. "É um fenômeno que está crescendo. Talvez não
seja tão visível como é no Peru, onde a economia informal é intensa. Mas a
pirataria de livros está crescendo na Argentina e também no Chile", disse
à BBC Brasil o porta-voz da editora Santillana, Augusto di Marco. Segundo ele,
os falsificadores estariam explorando brechas nas leis argentinas e chilenas –
mais duras com a pirataria do que as de outros países sul-americanos – para
ampliar seus negócios. Especula-se no setor editorial que esta produção
regional poderia chegar a 10% ou 15% do volume da indústria de livros. Os
livros falsificados são vendidos no varejo até 50% mais baratos do que cópias
oficiais.
É evidente que a indústria
do livro precisa se preocupar, defender seus interesses, já os escritores, nem
tanto, pois a pirataria assim como a internet, ao que parece, hoje é capaz de popularidade a quem há pouco tempo não passava de mais um na multidão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário