Às vésperas de comemorar três anos de união com minha esposa, lembro do motivo que me levou a escrever esse soneto: uma ameaça de morte. Feliz, brindo à vida. A propósito, que fazem, mesmo, os covardes entre nós?
Como é doce a lembrança de outras faces,
bem mais doce, porém, a imagem desta
que em meu ser encontrou pequena fresta
e adentrou de mansinho, sem disfarces.
Delícia que me leva à realidade,
assegura a certeza na ilusão
vivida, no porvir e na visão
que me encarcera, assim, noutra verdade.
Embora eu não estranhe a voz do medo,
esse ser que atormenta e também cega,
vivo agora o que ao homem não se nega:
entregar-se ao amor sem arremedo.
Apesar de sentir o véu da morte
insisto em ser senhor da minha sorte.
Como é doce a lembrança de outras faces,
bem mais doce, porém, a imagem desta
que em meu ser encontrou pequena fresta
e adentrou de mansinho, sem disfarces.
Delícia que me leva à realidade,
assegura a certeza na ilusão
vivida, no porvir e na visão
que me encarcera, assim, noutra verdade.
Embora eu não estranhe a voz do medo,
esse ser que atormenta e também cega,
vivo agora o que ao homem não se nega:
entregar-se ao amor sem arremedo.
Apesar de sentir o véu da morte
insisto em ser senhor da minha sorte.
Um comentário:
Boa realização - em momento de tanto...
Postar um comentário