Guilherme de Almeida, no início do período de desenvolvimento do haikai no Brasil, procurando nacionalizá-lo, dotou-o de uma estrutura formal rígida. Além do título e da métrica que já haviam, ele utiliza a rima. No esquema proposto o primeiro verso rima com o terceiro, ambos possuem cinco sílabas métricas. No segundo verso, que possui sete sílabas, há uma rima interna que acontece entre a segunda e a sétima sílaba, como nestes:
VENTO DE MAIO
Risco branco e teso
que eu traço a giz, quando passo.
Meu cigarro aceso.
CARIDADE
Desfolha-se a rosa:
parece até que floresce
o chão cor-de-rosa.
O HAIKAI
Lava, escorre, agita
a areia. E enfim, na bateia,
fica uma pepita.
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