segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

1° de janeiro

Jorge Elias Neto

Após o pão e circo,
sigo em busca da ciência de desinventar.

No vazio do salão amanhecido
ainda ressoam os ecos dos champanhes,
os alaridos esperançosos,
os sussurros de cumplicidade.

De sólido,
ficaram os confetes e serpentinas,
que nada entendem da solidão.


Em: Rascunhos do absurdo (lançamento em breve)

Confira também:
breve texto, entrevista e micro seleção de poemas do Jorge Elias Neto: http://sopadepoesia.blogspot.com/2009/07/poesia-transcendental-de-jorge-elias.html

2 comentários:

BAR DO BARDO disse...

Isso é muito, muito bom!

Paula: pesponteando disse...

Melancólico...expressiva e verdadeira a ideia da poesia...

de fato boa!