terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Saudade do Zeca

Então, após uma longa tarde de sono me lembrei que hoje, 24 de fevereiro, faz dois anos que não conto mais com um grande amigo, grande homem e poeta, Zeca de Magalhães, natural do Rio, mas naturalmente baiano, falecido durante o carnaval de 2007 por conta de uma goteira em sua biblioteca, causada pela chuva que caia naquela tarde/noite soteropolitana. Nenhuma palavra, nada substitui a implacável ausência de Zeca de Magalhães. Silêncio!

Elegia para Charles Bukowski
Zeca de Magalhães

Ele dizia
que um poema
eram poetas
egoístas, amargurados
traduzidos
em loucos recados.

Nove de março
eu tomava um porre
saudando outros
que tomastes em vida.

Vomitei luas impossíveis.
Fui de tudo
e fiquei sem nada.
A madrugada crescia
na rua, teus passos
desapareciam de nós.

Vários porres
pelo porre
enquanto Bukowski

4 comentários:

Gerana Damulakis disse...

Eu também gostava de Zeca. Tive oportunidade de escrever sobre a poesia dele.

Anônimo disse...

Naquele dia o pesadelo tomou conta de meu coração de meu menino velho. Foram dias de sofrimentos até a sua partida final. Na manhã de seu falecimento, escrevi este poema em sua homenagem:
http://www.arquivors.com/mcarneiro19.htm
Que Saudade!
Miguel Carneiro

Anônimo disse...

Para ouvirem a voz deste poeta irmão declamando: "LATIFÚNDIO PERVERTIDO", Acessem:
http://palcomp3.cifraclub.terra.com.br/miguelcarneiro

Miguel Carneiro

Denisson Palumbo disse...

Fiz um poema pra ele também.

http://poetica-mente-marginal.blogspot.com/2009/01/para-zeca-de-magalhes.html