quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Em algum lugar do paraíso


novíssimas crônicas de Veríssimo

Há quem diga que a crônica não se constitui como gênero literário, especialmente por ser, em princípio, um relato cronológico de fatos sucedidos, caracterizando-se como, digamos, a memória escrita, embora muitas possuam nitidamente alto grau de fabulação. Há vários tipos de crônicas, as que mais gosto são as humorísticas e as líricas, terrenos em que Luis Fernando Veríssimo vai muito, mas muito bem. Por isso o seu novo livro, Em algum lugar do paraíso (Objetiva, 184 pp., R$ 36,90), que traz 41 crônicas, todas inéditas em livro e escritas ao longo dos últimos cinco anos, era esperado com expectativa desde o anúncio da entrega dos originais para publicação. Nelas, o escritor fala sobre a vida, a morte, o tempo e o amor, sempre com um ar nostálgico e repleto de reflexões acerca das escolhas feitas ao longo da existência. O livro é cheio de personagens idiossincráticos e ao mesmo tempo banais. Todos possuem as mesmas inquietações, tão comuns a todo mundo.

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