novíssimas
crônicas de Veríssimo
Há
quem diga que a crônica não se constitui como gênero literário, especialmente
por ser, em princípio, um relato cronológico de fatos sucedidos, caracterizando-se
como, digamos, a memória escrita, embora muitas possuam nitidamente alto grau
de fabulação. Há vários tipos de crônicas, as que mais gosto são as
humorísticas e as líricas, terrenos em que Luis Fernando Veríssimo vai muito,
mas muito bem. Por isso o seu novo livro, Em
algum lugar do paraíso (Objetiva, 184 pp., R$ 36,90), que traz 41 crônicas,
todas inéditas em livro e escritas ao longo dos últimos cinco anos, era esperado
com expectativa desde o anúncio da entrega dos originais para publicação. Nelas,
o escritor fala sobre a vida, a morte, o tempo e o amor, sempre com um ar
nostálgico e repleto de reflexões acerca das escolhas feitas ao longo da
existência. O livro é cheio de personagens idiossincráticos e ao mesmo tempo banais.
Todos possuem as mesmas inquietações, tão comuns a todo mundo.
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