O haikai, forma poética de origem japonesa, nasceu para o Brasil no início do século passado, através da pena de Afrânio Peixoto. Até hoje, prestamos tributos a esse e a outros baianos pioneiros, que ajudaram a forjar com talento a tradição do haikai nacional. Ao lado dos poetas nativos, a Bahia revelou também um estudioso do calibre de Carlos Verçosa, paranaense que adotou essa terra e que muito tem contribuído com seus estudos para resgatar a justa dimensão do haikai dentro da literatura brasileira. É o mesmo caso de outro forasteiro, o paulista de Marília Gustavo Felicíssimo, que, uma vez seduzido pelos encantos do sul da Bahia, deixou-se ficar entre Ilhéus e Itabuna, para formar família e dedicar-se à literatura. Transitando com destemor através do haikai e de suas formas conexas, o senryu, o renga e o haibun, todas registradas neste livro, Gustavo Felicíssimo soube plasmar todas as influências recebidas de baianos como Afrânio, Oldegar Vieira, Gil Nunesmaia e Abel Pereira numa obra que aponta para o futuro, ao honrar a tradição haikaísta do grande estado nordestino.
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Outros Silêncios por Edson Kenji Iura
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Um comentário:
Gustavo,
Você é o paulista mais baiano que conheço e um dos poetas mais disciplinados e talentosos desta conturbada geração, por assim dizer.
A julgar por seu último livro sei que não abrirá mão da maturidade do conteúdo, coisa a que todo poeta, para ser grande, deve atentar.
E assim como em seu outro livro continuar a trazer um fato novo para a poesia baiana: a publicação em livro de diversas formas da poesia japonesa, com grande autenticidadee precisão,como este tipo de verso tanto pede. Fato raro hoje em dia.
Mal vejo a hora de ler o meu...
Parabéns amigo,
Silvério Duque
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