domingo, 20 de novembro de 2011

PIANO


Arrebata-me ao pôr-do-sol
o som de um piano distante;
sua canção, que desconheço,
é magia por um instante;

entra pela porta e janela,
faz do aposento passarela

enquanto uma réstia de luz
cintila sobre o meu poema
que nesse momento transluz:

à folha toda iluminada
não cabe acrescentar mais nada.

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