Penso todos os dias em
Marília.
Sobretudo penso em tudo
que deixei por lá:
os companheiros de
infância, minha mãe,
o pão caseiro feito
pela Tia Vilder,
as férias em Panorama.
Penso principalmente no
cheiro do café;
café bom das lavras da
Fazenda Cascata.
Marília são flashes na memória:
os passeios pela Praça
São Bento,
as visitas ao Paço
Municipal.
Por isso esse velho Blues,
esse reverso n’alma,
o silêncio que revolve a voz
e o olhar demorado para
as coisas sem sentido.
Marília é tudo que ainda
sangra.
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