segunda-feira, 30 de maio de 2011

Quinta Canção Para Flora


Não hei de ser, jamais, um cais,
tampouco um porto eu hei de ser;
mas se quiseres, filha minha,
serei a casa onde hás de ter

uma janela sempre aberta,
um recanto para, na certa,

retornares, e no retorno,
o mesmo chão a te esperar,
o mesmo ombro como adorno

para pousares teu cansaço
e dizer tudo em um abraço. 

3 comentários:

Mither disse...

Gustavo, meu velho

a canção para Flora está muito bonita. me lembrei de um poema de Mário Quintana. ele diz assim:

Qualquer idéia que te agrade,
Por isso mesmo... é tua.
O autor nada mais fez que vestir a verdade
Que dentro em ti se achava inteiramente nua.

digo isso por encontrar nas imagens da casa, da janela aberta, do abraço reconfortante,sentido para a relação que desejo ter com meus filhos.

parabéns.

Gustavo Felicíssimo disse...

é isso que importa, mither: família e amigos. no mais, tudo é adereço.

Anônimo disse...

Cadeias de valor acrescentado não monetário ou quanto sobe o Produto Interno Bruto com uma amizade? Com o sorrir de uma criança? Na lógica de sequências monetárias de valor é mau. Uma boa conversa ou um sorriso de uma filha, valem menos que um cotonete. Pois é, o tal de PIB é bruto até no nome. Viva a núvem.

Pedro Montalvão