sexta-feira, 20 de maio de 2011

Quando a cidade se afogar


Casa Família Amigos.
Nada disso se pode comparar
à loucura da cidade,
onde há tempo apenas para a solidão,
para a fuligem e para trapaças.
Necessito respirar e mais nada.
Afinal, não me restam dúvidas,
perguntas a fazer
ou maiores decisões a tomar.
Mas quando a cidade se afogar
por falta de uma simples reflexão,
então se pensará em esquecer ou resistir,
em se encontrar ou se perder de vez.
Quando a cidade se afogar
no seu ruído infernal
e na sua ambição de guerrear,
estarei em casa
com minha família e meus amigos.
Sem me preocupar em ganhar ou perder,
estarei ouvindo o rumor das águas,
cantando e sorrindo, quem sabe...
Cantando e sorrindo sem razão?
Estarei cantando e sorrindo
para as coisas essenciais, apenas.

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