Chega ao fim mais uma
noite.
Nenhum ruído rompe o
silêncio.
Nenhuma canção de amor.
Nenhum relicário com
velhas lembranças.
Nenhum antigo
companheiro.
Nenhuma promessa
cumprida
ou qualquer prostituta
em salto alto.
Apenas alguns versos
melancólicos
de um cego argentino
sobre minha cama.
Mas como enxergava
aquele cego!
Em um sonho torpe ele
me disse:
- A humanidade dorme
profundamente!
A humanidade dorme
profundamente
enquanto os ratos se
lambuzam.
A humanidade dorme profundamente
enquanto as sombras se
entrecruzam.
A humanidade dorme
profundamente
ante a morte imensa e
imensurável.
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