Se não fosse pela sabedoria de Zuenir Ventura e, principalmente, pela sua notória falta de memória, Nelson Motta não estaria agora terminando de escrever um ensaio biográfico sobre Glauber Rocha (1939-1981), A Primavera do dragão, que será lançado em março pela editora Objetiva. O livro, que contará com riqueza de detalhes a infância e juventude do mais influente e polêmico cineasta brasileiro e terminará em 1964, ano em que o diretor baiano lançou sua obra-prima, "Deus e o Diabo na Terra do Sol", começou a ser escrito em 1989, mas não demorou muito para ser engavetado. Motta soubera que Zuenir também estava escrevendo, para a Companhia das Letras, uma biografia sobre Glauber e nem pensou em competir com o seu mestre e ex-professor de comunicação escrita, o homem que o encaminhou para o jornalismo. Só não esperava que Zuenir esquecesse, em um táxi, todo o material de pesquisa coletado. Desanimado, desistiu da missão e a deixou nas mãos de Motta.
Fonte: Valor Econômico - 15/10/2010
Um comentário:
Curioso papel(quase alegórico!)do esquecimento na trajetória da elaboração de uma biografia. Rs.
Abraço.
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