quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O Nobel de Literatura, merecidamente, vai para Mario Vargas Llosa

A informação acabou de ser apresentada e faz jus à obra desse peruano combatente, candidato a presidência do seu país, perdendo para o facínora Fujimori por um número mínimo de votos, apesar do apoio político qualificado, ótimo programa de governo e sua infinita superioridade ao opositor.
Llosa é um daqueles escritores que denunciam em sua obra o fato de que a hierarquia de castas sociais e raciais está vigente ainda hoje na América Latina. Observo o fato sobretudo em duas de suas obras mais importantes, as novelas “Los cachorros” e “Los jefes”, caracterizadas pelo existencialismo, obras que dão nome próprio e inconfundível a um continente selado por multitudinárias vozes merecedoras da mesma honraria, como é o caso, por exemplo, de Ferreira Gullar.

Vale lembrar ainda que pela Objetiva, segunda-feira chegará às livrarias uma nova obra de Llosa. Trata-se de “Sabres & Utopias”, que reúne textos que tratam de política, América Latina e, é claro, literatura. É uma boa dica para quem quiser conhecer a fundo o seu pensamento. A obra, segundo a jornalista Laura Greenhalgh, do Estadão, reúne ensaios, artigos e documentos organizados pelo colombiano Carlos Granés, doutor em Antropologia Social e expert na obra de Vargas Llosa. Em cinco grandes capítulos, estão aglutinados textos de modo a percorrer o itinerário intelectual (e político) de Llosa, que anteriormente já havia sido agraciado com outros prêmios literários importantes, entre eles, o Cervantes e o Príncipe de Asturias, além de ser membro da Real Academia de Letras da Espanha.

Um comentário:

Anônimo disse...

Esqueceu o nobre bardo que o laureado se debruçou pela saga de meu Bom Jesus Conselheiro em sua obra: "A guerra do fim do mundo".Percorreu a pé na Bahia quando aqui esteve uma cansativa viagem até o Acude de Cocorobó, onde se acha submersa a velha Canudos. Desta vez os suecos voltaram os olhos para a América Latina. Abraços, Miguel Carneiro.