The Dwarf Don Juan Calabazas, de Diego Rodriguez de Silva y Velazquez |
arrogante em meio às visões de bem e mal,
cego ante a face exaurida do amor.
Creio nesse Deus, cujo reino não tem fim,
e ao mundo lanço o meu laço sabendo que após o gozo
viverei contraditória agonia.
Como um ciclo que nunca se cumpre
volto aos braços da sedução,
náufrago e só, tecendo a minha teia.
O fogo aquece meu corpo e não arrefece,
e a alma, dos seus tormentos não se esquece,
escarnece o céu não por prazer, mas por convicção.
Ah, ter escrúpulos é não ter mesmo nada!
(Gustavo Felicíssimo)
Esse poema faz parte do conjunto vencedor do
Prêmio Bahia de Todas as Letras, edição 2009
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