Por Pedro Sette Câmara
A idéia de que o governo deve subsidiar algo sempre esconde o corporativismo. Os maiores beneficiados pelos subsídios são os produtores. Naturalmente, estes, sejam agricultores ou cineastas, sempre dirão que seus produtos são fundamentais para a sociedade, e sua retórica será mais convincente de acordo com sua natureza. Um produtor de trigo pode assustar as pessoas com a possibilidade da falta de pão, mas vai ser difícil alguém nos assustar com a possibilidade da falta de filmes nacionais. Na verdade, pão e cinema podem ser viabilizados por seus consumidores; cabe a eles “subsidiar” estes produtos. Ao contrário do que se pensa, a maior beleza das relações livres de trabalho está em ter de prestar atenção no outro; você atende à necessidade de outro, e recebe por isso. Por que receber por um produto que ninguém quer?
NOTA: esse é um excerto do texto que foi publicado na edição de abril da revista Continente. Para ler o texto na íntegra acesse: http://www.ordemlivre.org/textos/588
A idéia de que o governo deve subsidiar algo sempre esconde o corporativismo. Os maiores beneficiados pelos subsídios são os produtores. Naturalmente, estes, sejam agricultores ou cineastas, sempre dirão que seus produtos são fundamentais para a sociedade, e sua retórica será mais convincente de acordo com sua natureza. Um produtor de trigo pode assustar as pessoas com a possibilidade da falta de pão, mas vai ser difícil alguém nos assustar com a possibilidade da falta de filmes nacionais. Na verdade, pão e cinema podem ser viabilizados por seus consumidores; cabe a eles “subsidiar” estes produtos. Ao contrário do que se pensa, a maior beleza das relações livres de trabalho está em ter de prestar atenção no outro; você atende à necessidade de outro, e recebe por isso. Por que receber por um produto que ninguém quer?
NOTA: esse é um excerto do texto que foi publicado na edição de abril da revista Continente. Para ler o texto na íntegra acesse: http://www.ordemlivre.org/textos/588
4 comentários:
odeio essa plavra -subsidiar-
Texto lúcido do Pedro Sette.
Concordo com ele embora considere que, no que tanje o acesso a cultura, existem alguns aspectos que inviabilizam que tudo transcorra sem o viés ocasionado pelas mídias.
Penso que tudo passa por uma mudança de paradigmas. Um que considero fundamental, já discutido por Schopenhauer, é buscar a instrução e não a informação. Outro seria o acesso livre a boa literatura, desde que fosse fomentada a valorização da mesma.
Como disse o Pedro Sette, ele não se importa de comprar seus livros (o mesmo digo eu). Mas não é bem assim que a coisa funciona para todos.
O assunto é empolgante.
Que o povo diga à Cezar o destino da cultura.
Grande abraço,
Jorge
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