quarta-feira, 24 de outubro de 2012

CUZINHO


Henrique Pimenta

Se o chamo de cuzinho é porque adoro,
bichinho meu de estima lá na bunda.
As pregas me sorriem por desaforo,
dão fora, por que eu entre como funda.

Me empino bem de jeito e sem decoro,
o pétreo, pois, se acerca da cacunda
na mira de seu alvo, monitoro,
da tara para o tiro que aprofunda.

Em lentos movimentos com catarro,
o pênis-cateter no bom exame
explora o paraíso com carinho.

Em rápidos estoques, que bizarro!,
o golpe vem fatal, feito um tsunami,
e espirra a minha porra no cuzinho.

Em: 99 Sonetos Sacanas e uma Canção de Amor, p. 60. Campo Grande, MS, Life Edirora, 2012.
Conheça o blog do autor AQUI.