sábado, 25 de dezembro de 2010

Desmantelo verde


                 Para Carlos Pena Filho

É verde a cor dos vales que de verde vai pintando as encostas que se transmutam em verde onírico em seu desmantelo. Verdes sobreposições e mutações misteriosas que fazem brilhar o verde que pelo horizonte se alastra.
O verde vai e vem. Minha alegria, a poesia das primeiras descobertas quando percebi que os cacauais, como o arroio cortando a planície, continuam cumprindo seu verde papel, dando abrigo aos pássaros cantores, feito a flor verdadeira, esperança que prevalece necessária.

do rio à montanha
serpenteia uma estradinha –
solitário esplendor

***

cavalos mordiscam
o capim que o vale oferta –
seguimos ao sul
tons e entretons verdes abundam na paisagem belmontina

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