Se
além de gostar da obra literária do Fabrício Carpinejar, sobretudo de suas
crônicas, e de simpatizar com sua face despojada, alegre e irônica, agora o
cara ganhou alguns pontos a mais comigo. Isso porque, em carta aberta, o mesmo
anunciou ter cancelado sua participação na 27ª edição da Feira de Livros de
Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, quando soube da discrepância entre o
cachê recebido por escritores e o que seria pago ao músico Gabriel, o Pensador,
creiam, patrono (como assim?) daquele evento.
Fabrício
Carpinejar anunciou e explicou que receberia a quantia de R$ 1 mil para
participar de uma palestra no dia 16 de maio, enquanto o músico receberia R$
170 mil da prefeitura. Absurda essa situação, pois mesmo dentro dos “domínios”
literários um músico é mais valorizado que um escritor.
A
feira começa no dia 9 de maio e segue até o dia 20. Na carta, segundo O Globo
Online, enviada no domingo aos organizadores do evento, Carpinejar afasta
hipóteses de desentendimentos com o músico e destaca a postura da prefeitura em
alegar que havia um limite orçamentário para o pagamento dos escritores.
Conheça
o site oficial do autor clicando AQUI.
2 comentários:
Ao contrário de voce, não simpatizo com este Fabricio (apenas com o seu pai), vejo as crônicas dele rasas e desnecessárias, embora, uma vez ou outra, ele acerte um "versinho", repulsa, também, tenho a sua imagem, melhor, ao seu personagem histriônico. Bom, mas quanto ao evento de Bento Gonçalves a revolta deste senhor é apenas quanto a grana, nada mais.
Quando eu tento explicar que letra de música não é poesia, pessoas me olham de um jeito estranho. Algumas letras são poesia, sim, mas só algumas. O texto poético já é, via de regra,música também. E, como se sabe, a conversa ainda poderia se alongar muito mais.
Quanto às feiras de livros e congêneres, pelo que sei, os organizadores tratam como um evento glamouroso, em que a importância é dada a nomes que a mídia vive guspindo, digo, babando sobre.
Aproveitando - e também nada tenho contra Gabriel e muito menos contra o Carpi -, esses dois são babadíssimos pela mídia: coisa que boa parte de nós, escritores, morre de inveja.
Abraço, Gustavo!!!
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