Como de costume,
comecei a trabalhar hoje bem cedinho, antes mesmo do primeiro
canto do galo. Também como de costume, minha filha quando acordou veio ao meu
escritório dar-me um beijinho e um abraço. Mas dessa vez pegou em uma das
estantes da minha biblioteca um livro do haikaísta paraibano Saulo Mendonça e
me entregou. Ao abrir o livro aleatoriamente um belo haikai brindou-nos
com um pouco de luz nesse dia nublado e tão chuvoso.
Noite
fria e escura.
Na
memória, acendo
o
candeeiro de meu pai.
Em: Pirilampo, 2005.
Edição do autor.
2 comentários:
Não seria melhor "um haicai para iluminar a noite" ? O dia já tem luz e obviamente o haicai sempre ilumina se é um bom haicai, dizer que haicai ilumina é o mesmo que dizer "a luz brilha"
O colega que faz o comentário acima sem se identificar não percebeu que falo de um dia chuvoso e nublado.
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