Folha de S.
Paulo - 06/07/2011
Com
o título "O meu não ao Brasil de Battisti", um artigo estampado na
primeira página do jornal italiano "La Repubblica", anteontem,
detalhava as justificativas do escritor Antonio Tabucchi para não vir à Flip.
No texto, Tabucchi critica as instituições brasileiras pela recusa em
extraditar o ex-militante esquerdista Cesare Battisti, acusado de quatro mortes
na Itália quando atuava numa organização terrorista. Segundo ele, o fato de o
Supremo Tribunal Federal ter remetido a decisão ao então presidente Lula
demonstra o quanto, no Brasil, "o Poder Judiciário é submisso ao poder
político". Tabucchi opina que o desfecho "não constitui somente uma
ofensa à República italiana, mas é também uma ferida que se inflige ao direito
internacional". Para o escritor, o argumento do Executivo brasileiro de
que Battisti poderia ser torturado nas prisões italianas é insustentável.
Tabucchi mencionou a onda de rebeliões em presídios simultânea aos ataques do
PCC em São Paulo em 2006 como sinal de que é o Brasil quem deve cuidar de sua
política carcerária.
3 comentários:
Adorei o blog. Ambiente certo para conferir novidades e fazer boa leitura.
Abraços
PS: obrigada pela carona :)
Parabéns ao escritor Antonio Tabucchi por esse protesto digno de louvor. Parece que apenas os políticos corruptos brasileiros é que vêem com naturalidade a permanência no Brasil do assassino Cesare Batista, que deveria estar atrás das grades por ter desrespeitado as leis da natureza tirando a vida de outros seres humanos. Com esse gesto, o escritor italiano mostrou que muitas vezes a arma do escritor não deve ser apenas a palavra.
Volta Saramago, estás perdoado. Eu começo a pensar que este fulaneco(Batistti?) vai disputar o lugar do bandidaço Jack "o estripador", talvez do Bin Laden ou do Al Capone. Melhor: Don Corleone, o super mânfio. Neste mundo pacífico em que se metralham cidades, se lança bombas meses a fio, se deslocam 30.000 soldados para outros continentes, de repente aparece um horripilante assassino de 4 (quatro) pessoas e tudo fica indignado. A França também negou a extradição? Negou. O respeitabilíssimo(?) Berlusconi também ficou chateado. E daí? Um olho cego e o outro míope.
Volta Saramago, estás perdoado.
Pedo Montalvão
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