O vaqueiro, de Juracy Dórea (1980); Mista sobre azulejo
( pr’ uma aquarela à Emilio Moura )
Esquecidos, no vento, procuramos
por aquilo que outrora fomos – tanto
faz se a luz que nos guia agora é pranto,
se tudo se desfez... Nós perduramos.
Tudo torna a viver, e reencontramos
a força de existir, o próprio encanto
que transfigura o nosso grito em canto
oportuno, o caminho pr’onde vamos:
é a memória a deter a nossa sina
de ter, nos pés, os giros que há no mundo
e a vontade de amar que o Amor ensina,
porque a alma há de fazer sua própria sorte
ante o esplendor mais límpido e profundo
ou do anjo frio que nos trará a morte.
( pr’ uma aquarela à Emilio Moura )
Esquecidos, no vento, procuramos
por aquilo que outrora fomos – tanto
faz se a luz que nos guia agora é pranto,
se tudo se desfez... Nós perduramos.
Tudo torna a viver, e reencontramos
a força de existir, o próprio encanto
que transfigura o nosso grito em canto
oportuno, o caminho pr’onde vamos:
é a memória a deter a nossa sina
de ter, nos pés, os giros que há no mundo
e a vontade de amar que o Amor ensina,
porque a alma há de fazer sua própria sorte
ante o esplendor mais límpido e profundo
ou do anjo frio que nos trará a morte.
Silvério Duque
Blog do Silvério: http://poetasilverioduque.blogspot.com/
Um comentário:
Gostei. Um soneto para se guardar. Reler com carinho, ruminar, saboreando.
Abraços.
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