Para o poeta Zéduardo Souza
Quem andou em cavalo baio
Nunca esquece a montaria
Chuva de molha não enche barreiro
Pedra de toque não é cantaria
Eu sou madeira de dar em doido
Eu sou barro bom de alvenaria
Martelo, prumo e serrote
Sou poeta da Bahia
No tempo de meninote
Andei tudo que é freguesia
Farra pra mim só três noites
Homem valente não é sinal de valentia
Bacalhau já foi comida de pobre
Asfalto foi quem trouxe a carestia
O diabo já morou no céu
Chuva do sul é invilia
Marmanjo já teve na escola
Conversa de bêbado nunca teve serventia
Eu sou madeira de dar em doido
Eu sou barro bom de alvenaria
Martelo, prumo e serrote
Sou poeta da Bahia.
Miguel Carneiro,
poeta e contista baiano
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
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4 comentários:
Taí um dos melhores poemas que conheci nos últimos anos.
Poema do chão. Do chão ao céu. E viva a Bahia!
POETA HERCULANO NETO!
QUE NOSSA SENHORA DA PURIFICAÇÃO CUBRA TODOS NÓS COM O SEU MANTO!
ESTE BARDO SANTAMARENSE É GENEROSO DEMAIS COM MEUS VERSOS QUEBRADOS. SOU MAIS VOCÊ FAZENDO UM RAIO X DA ALMA HUMANA, ISTO EU NUNCA ALCANÇAREI, FICA PARA QUEM ESTÁ PRÓXIMO DOS ANJOS, DO DIVINO. MEU BEIJO, MEU POETA IRMÃO! MIGUEL CARNEIRO
POETA HENRIQUE MALAGUETA,
CAMINHAMOS NUMA TRILHA PARA ALCANÇAR O DESTINO DA VIAGEM. TE AGRADEÇO PELO COMENTÁRIO. TEU AMIGO, MIGUEL CARNEIRO.
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