Certo! Um dia verei
Deus
com esses olhos que a
terra há de comer.
O que face a face me
dirá, não sei,
mas
lhe beijarei as mãos
e
tomarei a sua benção
como outrora fiz à
minha mãe.
Então mostrarei o nome
do seu filho
impresso nas paredes
dos prostíbulos
e nas páginas de
antigos livros
que unem e separam os
homens.
Mostrarei tantos clamores
inauditos,
os discursos pela paz
mundial
e
aquele franzino Davi
montado em poderosos
helicópteros
e tanques de guerra subjugando
o seu irmão.
Estarei ladrando feito
um cão
e
ele me lembrará
que a videira é seca,
suja e torta,
que esse vale é feito
de lágrimas.
Gustavo Felicíssimo
Um comentário:
Muito bom Gustavo!
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