Li na Folha de São Paulo de hoje (15) que a
editora Hedra prevê para a segunda quinzena de junho o lançamento de “Stephen
Herói”, livro inacabado de James Joyce e inédito no Brasil, cujo personagem
central é o alter ego de Joyce, Stephen Dedalus. Embora o autor falecido esteja impedido de qualquer manifestação de contento ou desagrado, a iniciativa é louvável, pois deve colaborar para compor o complexo mosaico Joyceano. O jornal ainda informa que após sairá uma nova edição
de “Um retrato do artista quando jovem...”, onde Stephen também aparece.
Outro
jornal paulista, dessa vez O Estado de S. Paulo, na edição do dia 12, apresenta
um texto de Donaldo Schüler pesando um tanto a mão ao afirmar que “os leitores
de James Joyce no Brasil estão em festa” pelo aparecimento de uma nova tradução
do Ulisses. É a terceira, mas não é para tanto. Dessa vez o trabalho hercúleo foi
encarado por Caetano W. Galindo, Doutor em Letras e Professor da Universidade
Federal do Paraná. Pior é o articulista dizer que “agora incorporamos Joyce,
abrasileirado pelas traduções”, o que me parece o mesmo que dizer que Guimarães
Rosa fora germanizado por Curt Meyer-clason. Parece-me que “traduzir” e “abrasileirar”
são coisas bem distintas.
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