Sosígenes
Costa
Luta
o amarelo contra o verde, agora,
no
esforço de vencê-lo e confundi-lo.
E
assim derrama, esdrúxulo, na flora
sépia,
topázio, abóbora, berilo.
Transforma
o bronze e anula o jade: e aquilo
que
é verde-negro, aurífero, colora.
No
esforço de vencê-lo e confundi-lo
luta
o amarelo contra o verde agora.
Aves
azuis se pintam chinesmente
de
jalde. E a própria flor da rubra amora
toda
se pinta de âmbar louro, ardente.
E
a luz do sol, sinfônica e sonora,
dos
céus rolando, em mágica torrente,
a
gama inteira do amarelo explora.
Trata-se
de um poema datado de 1928. Em: Melhores poemas de Sosígenes Costa. Org.
Aleilton Fonseca, p. 49.
Um comentário:
Poema luminoso. E que chave de ouro. Só no final nos é revelado o Sol. Um convite belo para a leitura do livro. obrigada, Gusta.
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