quarta-feira, 24 de março de 2010

PIANO

Arrebata-me ao pôr-do-sol
o som de um piano distante;
sua canção, que desconheço,
trás magia por um instante;

entra pela porta e janela,
faz do aposento passarela

enquanto uma réstia de luz
cintila sobre o meu poema
que nesse momento transluz:

à folha toda iluminada
não cabe acrescentar mais nada.

2 comentários:

Hilton disse...

Belíssimo poema!

Gerana Damulakis disse...

Adorei como "não cabe acrescentar mais nada" fechou o poema. Ótimo.